O Futebol como indústria na vanguarda do conhecimento e da inovação

Pedro Siza Vieira, André Viana e Manuel Nunes debateram a evolução do desporto-rei como negócio global

Com moderação de Daniel Sá, Diretor Executivo do IPAM Porto, o Arena Stage recebeu Pedro Siza Vieira, antigo ministro e advogado, André Viana, Board Advisor no Gabinete da Presidência do SC Braga, e Manuel Nunes, Presidente da Associação de Futebol de Leiria, que compuseram um diversificado painel de especialistas para debater a evolução do Futebol enquanto negócio global e a forma como a inovação, a tecnologia e a gestão moderna influenciam o futuro da indústria desportiva.

Pedro Siza Vieira foi o primeiro a dar início à discussão, dando conta do caminho paralelo que é seguido pela economia e pelo desporto-rei, sobretudo naquilo que concerne aos resultados alcançados.

“O crescimento das atividades económicas vem pela diferenciação dos operadores em cada mercado que atuam e na descoberta de novos públicos, mas também no produto que desenvolvem e nos processos que têm, por forma a serem o mais eficientes possível a atingir os seus resultados. O crescimento económico só pode assentar em inovação, com recurso ao conhecimento, algo que acontece na economia portuguesa, mas acontece igualmente na indústria do Futebol”, salientou.

De seguida, André Viana explicou a evolução que o SC Braga tem conhecido nos últimos anos, dando conta dos mais recentes projetos dos Guerreiros do Minho. “A parte desportiva tem sempre grande importância, mas estamos igualmente com enorme evolução em vários setores, nomeadamente na experiência do adepto, que tem impacto assinalável no negócio. Também estamos atualmente com projetos muito interessantes: criámos um centro de inovação, o SCB Innovation Hub, que é um programa de aceleração corporativa para start-ups na área das Sports Tech. Além disso, a área do Fun Engagement e do Smart Stadium são também dois pilares do nosso programa”, referiu, antes de Manuel Nunes tomar a palavra para destacar o trabalho realizado pela AF Leiria:

“Ao longo dos anos, tem havido um processo evolutivo, nomeadamente em instalações, nos praticantes e também dos clubes, que se foram modernizando cada vez mais. Juntando outras áreas, como a nutrição, psicologia, recuperação dos atletas ou medicina, fez com que existisse uma evolução. Foi um percurso longo, que tem repercussão em todos os distritos e associações. Quanto à AF Leiria, fomos tendo a preocupação de estar atualizados, apesar do modelo associativo se manter.”