Pedro Duarte, Ministro dos Assuntos Parlamentares, deixou palavras de homenagem e de incentivo ao Futebol Profissional, esta quarta-feira, na XIII Cimeira de Presidentes, no Arena Liga Portugal, no Porto. "O Futebol Profissional é um exemplo que deve ser seguido por outros setores", afirmou.

O governante acompanhou, através de videoconferência, a primeira parte dos trabalhos e dirigiu-se aos Presidentes das Sociedades Desportivas da Liga Portugal. “Presto a minha homenagem inequívoca ao trabalho que tem vindo a ser feito por todos os clubes, por parte dos seus presidentes, pois sabemos que as lideranças são absolutamente decisivas”, declarou, deixando “palavra muito especial à Direção da Liga, e em particular ao dr. Pedro Proença, pelo perfil de liderança que tem assumido”: “O Futebol Profissional tem dado saltos, em termos de prestígio, de reconhecimento público e de responsabilidade social que, como membro do Governo, quero deixar aqui registado.”

Pedro Duarte recordou a presença na recente inauguração do Arena Liga Portugal para ilustrar com esse “espaço simbólico” a imagem atual do Futebol Profissional: “A nobreza, a excelência desse espaço é um símbolo extraordinário da evolução do Futebol Profissional e, em particular, da Liga, nos últimos anos, e daquilo que é, hoje, a modernidade, da visão para o futuro que se sente nesse local. Nesse sentido, quero deixar clara a minha homenagem.”

O ministro dos Assuntos Parlamentares reiterou que o Governo tem o “Desporto como um pilar estruturante” e deu como exemplo disso o reforço da verba destinada ao setor no Orçamento do Estado para 2025. “Ontem, aprovámos 65 milhões de euros adicionais para investir na prática desportiva no nosso país”, revelou.

Pedro Duarte declarou-se consciente do valor do Futebol Profissional: “A notoriedade, o sucesso, o impacto que tem tido, em termos globais e de competitividade internacional, está muito acima de outros setores da nossa sociedade. É um exemplo que outros setores de atividade devem seguir, porque temos tido capacidade de produzir talento, de profissionalizar as nossas estruturas, de melhorar a competência, as aptidões de dirigentes, treinadores, árbitros, de todos agentes desportivos envolvidos no processo e isso é exemplar e deve ser seguido por outros setores.”

Quanto ao papel do Estado no apoio ao setor, declarou “abertura” para conversar “para que custos de contexto associados ao Futebol Profissional no nosso País possam ser analisados. O Governo tem de ser um facilitador da atividade do futebol profissional no nosso país”.

“Acho que todos compreendem que, no conjunto de apoios que precisamos de dar, enquanto Estado, para o desenvolvimento da prática de atividade e da atividade física generalizada, está muito focado em infraestruturas, em programas muito específicos para a captação de novos praticantes, para a inclusão. É um apoio prioritário, do ponto de vista dos apoios diretos que o Estado tem de dar. Não há condições sociológicas para considerarmos, nesta fase da nossa vida coletiva, apoios diretos a uma atividade profissional e a uma indústria que tem a dimensão do Futebol Profissional no nosso País. Isso não significa que o Estado não tenha vontade, e diria até obrigação, de criar todas as condições para que o Futebol Profissional possa desenvolver-se ainda mais e ser competitivo em termos internacionais. Há abertura para conversarmos e já tivemos algumas conversas com o presidente da Liga”, explicou.

Deixou, também, um “apelo à responsabilidade social de todos os clubes de Futebol Profissional no nosso País”: “O vosso impacto na nossa sociedade em geral, e particularmente nas camadas mais jovens, é brutal. Não há nenhuma atividade no nosso País que tenha tanto impacto no sentido positivo. Muitos de nós olhamos para vós e para o que representam como referências.”

Com alerta para "influências nocivas que andam à volta do futebol", como "violência, comportamentos éticos menos adequados", deixou ainda outro apelo. "Mantenham-se à altura das vossas responsabilidades, porque são muito importantes na nossa sociedade”, apelou, finalizando: “Agradeço o que têm feito pelo Desporto, pela economia portuguesa e, talvez o mais importante, o que têm feito para termos uma sociedade que se respira melhor, vive melhor, e se vai desenvolvendo numa componente que não é só económica, tem momentos de alegria, diversão e companheirismo que só o futebol proporciona."