Três grandes figuras do futebol português juntaram-se, esta terça-feira, para uma conversa moderada por Luís Osório, no lançamento do livro “Arena Liga Portugal – Passado, Presente e Futuro”, que decorreu na sede da organização que tutela o Futebol Profissional.

Durante cerca de uma hora, António Simões, Domingos Paciência e Beto Pimparel contaram inúmeras histórias e discutiram a evolução do futebol português, particularmente na última década, sob a liderança de Pedro Proença nos destinos do Futebol Profissional.

“Vi em Pedro Proença o perfil da pessoa capaz de iniciar algo muito difícil. Além da realidade desportiva, existia outro aspeto que continua hoje a existir: a razão cultural. Se nós não mudarmos a nossa mentalidade e cultura, podemos continuar a ganhar, porque temos vocação para o jogo, mas nunca vamos conseguir vender o produto com a qualidade que temos”, começou por dizer António Simões, glória do SL Benfica e Senador da Fundação do Futebol, acrescentando:

“Pedro Proença é ambicioso, tem bom-senso, é interessado por deter conhecimento, é inteligente e tem feito uma obra extraordinário num país extremamente difícil quando se trata de trazer união e fair-play.”

Domingos Paciência recordou a primeira interação com Pedro Proença, num encontro que ficou marcado na memória. “Hoje, podemos dizer que a Liga Portugal faz tudo e cria as melhores condições para que tenha um grande espetáculo. O meu primeiro contacto com Pedro Proença foi enquanto treinador do SC Braga. Foi entregar-me as suas insígnias da FIFA, que foi um momento que me marcou. Disse-me que fazia muita questão de me oferecer essa insígnia. Foi algo diferente na minha carreira como treinador. Em setembro de 2023 recebi convite para fazer parte da Liga Portugal, como Embaixador e membro do Conselho de Administração da Fundação do Futebol, mas também como diretor técnico. Neste período assisti a um trabalho de uma equipa muito organizada e competente. Muitas pessoas não vêem isso nos inúmeros eventos realizados ao longo da época. É por isso que Pedro Proença diz que as pessoas são o maior património da Liga Portugal, que fazem com que a Liga Portugal seja uma referência”, disse, destacando a candidatura do dirigente à Federação Portuguesa de Futebol.

“Acredito no projeto dele, faço parte desse projeto para a Federação Portuguesa de Futebol, um projeto com mais de 400 propostas. Pedro Proença é uma pessoa muita dinâmica, com muita intensidade no trabalho, é muito competente. Quem está à sua volta não tem sossego, porque é uma pessoa que contagia. É por isso que acreditamos que pode mudar o futebol português. Basta olhar para o que fez durante este período. Toda esta união, este lema, não acontece por acaso. É mesmo esse o objetivo. Unir estas pessoas todas em torno do futebol”, concluiu.

Por fim, Beto Pimparel destacou, também, a progressão na última década. “A Liga tem sido agregadora, antigamente era quase à beira do separatismo. Esta última década mostrou essa capacidade de agregar, de ter visão, de mostrar aos clubes a importância de trabalhar em conjunto para o produto. Também se criou o projeto dos Embaixadores, por exemplo, em que utiliza a imagem dos ex-atletas para consciencializar”, recordou, antes de considerar Pedro Proença como “a pessoa certa para dirigir o futuro do futebol português”.

“Toda esta evolução dele faz toda a gente acreditar que é a pessoa que tem de tomar as rédeas do futebol português. Pela perseverança, pela competência, pela visão, porque pensa em conjunto com outras pessoas, uma equipa de competência superior. Depois, executa. Não se fica pelas ideias, pelos sonhos. Acredito muito que este crescimento do futebol português nesta última década e aquilo que ainda vem nos próximos anos tem o dedo de Pedro Proença e da sua equipa, e terá ainda mais impressão digital”, concluiu.