Procurando fazer parte da solução para os problemas do futebol, a Liga Portugal criou um Grupo de Trabalho de Prevenção e Segurança, que reúne os responsáveis do futebol profissional nestas áreas.

Com efeito, as soluções não se acham (apenas) no recato dos gabinetes, têm que refletir a vivência quotidiana, que apenas estes profissionais detêm.

Respaldada neste vasto reportório de conhecimento empírico, a Liga defendeu a proposta, admitidamente contraintuitiva, de permitir a venda de bebidas de baixo teor alcoólico nos estádios, à semelhança do que se passa nas competições da UEFA e por quase toda a Europa, de Inglaterra à Alemanha, passando por Itália, Bélgica, etc., numa experiência que demonstra que esta medida não está correlacionada com o aumento dos comportamentos desviantes, traduzindo-se, pelo contrário, no incremento das condições de segurança.

Desde logo, porque os adeptos se concentram no estádio e não nos estabelecimentos em seu redor, facilitando o fluxo de entradas, com maior vagar para a realização de revistas.

Trata-se, ademais, de uma medida de democratização do consumo responsável, que deixa de estar confinado às áreas VIP dos estádios.

Por fim, combate-se o flagelo do consumo exagerado e concentrado (binge drinking) nos momentos anteriores à entrada, cujos efeitos apenas se verificam já no decurso do jogo.

Álcool nos estádios?!

O Governo (re)lançou a discussão da lei da Prevenção da Violência com um conjunto de propostas que se encontram agora na XII Comissão Parlamentar.