Pedro Proença toma posse, na próxima segunda-feira, como novo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, depois de um desfecho eleitoral, na sexta-feira, que não deixou margem para dúvidas sobre a força do seu projeto e a abrangência dos seus apoios, desde a base ao topo da pirâmide.

Nos últimos quase dois anos, enquanto Diretor Executivo da Liga Portugal, tive a oportunidade de apanhar um comboio que é hoje de alta velocidade, mas que em 2015 se encontrava parado numa estação com pouca esperança e um destino muito incerto. Pedro Proença deu uma nova vida e rumo à Liga Portugal, transformando-a na instituição pujante que é hoje, com contas certas, quadros de excelência, organização de ponta e uma sede vanguardista. Um sucesso cujo segredo, em boa parte, assentou na capacidade de se rodear sempre de equipas competentes e qualificadas.

Paralelamente, e porque uma coisa não seria possível sem a outra, liderou o processo transformador do Futebol Profissional em Portugal, enquanto produto, marca e negócio, conseguindo mudar a mentalidade e o ambiente entre os dirigentes dos Clubes, que hoje percebem que dentro de campo há três resultados possíveis, mas fora dele só há um: o interesse comum de crescimento da indústria do Futebol Profissional. Como consequência, a Liga Portugal é hoje uma entidade credível, estável e apetecível, onde os Clubes sabem que encontram uma parceira ao seu dispor.

Com um percurso no Futebol que fala por si, primeiro enquanto árbitro e depois enquanto dirigente (com réplica internacional na liderança da European Leagues, ao longo dos últimos 14 meses), foi, portanto, com toda a naturalidade que o nome de Pedro Proença emergiu para a sucessão na Federação Portuguesa de Futebol, o mais alto cargo e a mais elevada responsabilidade do edifício do Futebol Português, dando início a um novo ciclo que encerra grandes desafios e no qual se propõe ‘Unir o Futebol’ e fazer o que ainda não foi feito.

P. S. – O FC Porto e o Futebol Português perderam um dos seus históricos e mais impactantes dirigentes, que deixa um legado eterno. Além dos títulos conquistados ao leme do seu Clube, teve ainda tempo para liderar os destinos da Liga Portugal, entre julho de 1995 e dezembro de 1996. As mais sinceras condolências aos familiares e amigos de Pinto da Costa, assim como a todo o universo do FC Porto.