Começo, naturalmente, por endereçar os parabéns ao novo Presidente da Liga Portugal, Reinaldo Teixeira, assim como a todos os que o acompanharão na exigente e desafiante missão de honrar o legado de uma década, deixado por Pedro Proença e as suas equipas, continuando assim a preparar o Futebol Profissional para os grandes desafios do futuro.

Depois de um processo eleitoral em que cada Sociedade Desportiva fez a sua escolha, é hora de os Clubes voltarem a unir-se, de forma responsável e comprometida, em torno dos grandes desafios desta indústria. E, independentemente do cunho pessoal que a nova liderança pretenda imprimir e da linha programática que pretenda levar à prática, há que aproveitar a inequívoca vantagem de encontrar uma casa bem organizada, com contas certas e com excelentes profissionais e uma máquina operacional bem oleada, o que permitirá, desde logo, um foco total nos principais dossiês, que a partir de agora passarão a ser trabalhados em cooperação com a Federação Portuguesa de Futebol, o que, é fácil de perceber, não é apenas um detalhe, para mais na antecâmera, também, de um novo ciclo político.

Esta nova era na relação entre as duas instituições é decisiva em temas estruturantes como a centralização dos direitos audiovisuais, a reformulação dos quadros competitivos, o custo dos seguros, a redução dos custos de contexto, o apoio às infraestruturas do Futebol Profissional e a chave de repartição das verbas provenientes das apostas desportivas.

O esforço conjunto que resultou na maior verba alguma vez distribuída aos Clubes da Liga 2 Meu Super, proveniente do mecanismo de solidariedade da UEFA, ou a aprovação unânime do Manual de Licenciamento para a época 2025-26, com o voto concordante do novo representante da FPF na Direção da Liga, Rui Caeiro, são dois exemplos do alinhamento que se impõe, e a imagem de Pedro Proença e Reinaldo Teixeira a assistirem juntos ao jogo entre Santa Clara e Sporting, da Liga Portugal Betclic, num dos primeiros atos públicos do novo líder da Liga Portugal, é algo que importa ver repetido muitas vezes, nos estádios e nos gabinetes.

Termino com uma nota pessoal: cessei hoje mesmo funções como Diretor Executivo da Liga Portugal, tendo sido uma honra pessoal e profissional servir uma instituição em que trabalhei diariamente em múltiplos e exigentes dossiês e tive a oportunidade de me dedicar a projetos desafiantes como a construção do Arena Liga Portugal, nova casa do Futebol Profissional, em todos os casos com um registo de sucesso que só foi possível devido a uma equipa inexcedível de profissionais competentes e apaixonados a quem publicamente agradeço. A minha saída ocorre tal como estava previsto e tinha sido anunciado há alguns meses, extensiva aos restantes membros da Direção Executiva cessante, seguindo agora para a Federação Portuguesa de Futebol, onde integrarei a Direção, enquanto elemento cooptado pelo Presidente Pedro Proença, ao qual agradeço a confiança. Abraço esta nova etapa com o mesmo objetivo de ajudar a unir e a desenvolver o Futebol Português, e com a inabalável certeza de que, hoje mais do que nunca, continuarei a fazer parte da mesma Família.