Quem vence é alçado à glória, construída nas cinzas dos adversários que ficaram pelo caminho. É assim nos relvados e é assim, também, fora deles.

Ocorrem-nos estas considerações a propósito da extraordinária vitória do passado dia 12 de junho. Embora o desfecho fosse facilmente prognosticável, a magnitude do resultado ultrapassou todas as conjeturas razoáveis e surpreendeu os observadores mais atentos.

Ainda assim, as notícias do dia seguinte não destacavam os inusitados 13 golos que a equipa feminina dos Estados Unidos da América infligiu à sua congénere Tailandesa. Destacavam, isso sim, a falta de graciosidade na vitória das jogadoras americanas que, tendo já esmagado a equipa adversária, continuaram a celebrar exuberantemente cada golo adicional. Custa perder, mas não é necessariamente fácil vencer.

Também na Liga Portugal assistimos a uma vitória retumbante: a que levou à recondução do Presidente Pedro Proença no cargo, com uma incontestável votação favorável de 95,8% dos votos. Ao contrário das vitórias desportivas, esta teve a singularidade de não determinar um derrotado.

Muito pelo contrário, este resultado, que muito responsabiliza, além de ratificar um trabalho de excelência, afiança que as grandes vencedoras deste ato eleitoral são as sociedades desportivas do futebol profissional.

Nesse sentido aponta, também, a circunstância, percetível no discurso de tomada de posse, na passada sexta-feira, de o novo (e antigo) Presidente da Liga manter a “agregação” como uma das palavras-chave do mandato renovado.

A união e o consenso expressos nas urnas e que foram construídos ao longo dos quatro anos que ficaram para trás, autorizam-nos a projetar um novo quadriénio em que, sob a bandeira da agregação, as sociedades desportivas irão elevar o futebol profissional a novos patamares.

E agora, ao trabalho!

A vitória da agregação

A atividade desportiva competitiva está sempre ordenada a um fim último: a vitória. Daí que a celebração de um feito desportivo, de uma conquista, embora coenvolva o natural desalento do adversário vencido, seja, não apenas justificado, como até salutar.