José Gomes Mendes, Presidente da Assembleia Geral da Liga Portugal, abordou o passado, o presente e o futuro do Futebol Profissional
José Gomes Mendes, Presidente da Assembleia Geral da Liga Portugal, abordou o passado, o presente e o futuro do Futebol Profissional
O processo evolutivo do Futebol Profissional em Portugal serviu de mote para mais um painel de destaque no primeiro dia do Thinking Fottball Summit, com preciosa partilha de José Gomes Mendes, atual Presidente da Assembleia Geral da Liga Portugal.
“O Futebol é completamente distinto em relação há 10 anos. Esta é uma jornada que nos orgulha, claramente, para mais num país que tem 10 milhões de habitantes. Penso que há dois momentos chave no Futebol Português: em 2004 e, depois, em 2015/2016. Até ao primeiro momento, o nosso futebol vivia do talento puro, com jogadores como Eusébio e outros mais recentes, como o Luís Figo. Tivemos nesse ano o Euro-2004 e houve uma adesão da Sociedade ao Futebol que foi absolutamente chave. Quando chegamos a 2015/2016 tivemos uma boa e uma má notícia. Fomos Campeões da Europa, mas a Liga portuguesa bateu no fundo. Nessa altura também estava como Presidente da Assembleia Geral da Liga, tínhamos provavelmente dos melhores ovos da Europa mas uma péssima omelete. É então que o atual Presidente da Liga, Pedro Proença, faz um trabalho de resgate. A Liga estava falida e há episódios inenarráveis que não vale a pena recuperar. A verdade é que Pedro Proença fez um caminho de profissionalismo e a Liga passou a ter resultados”, lembrou.
José Gomes Mendes não deixou de destacar em todo este processo a importância dos Clubes.: “Aquilo que nos separa são 90 minutos dentro do campo. Depois disso temos de estar unidos e não separados. Por isso, para nós, que somos um País de Talento sem paralelo, temos de alinhar. Não podemos dividir energias. Esse trabalho tem sido feito pela atual Direção da Liga Portugal. O modelo de governação da Liga Portugal envolve todos os Clubes e todos eles têm importância, pois um campeonato não se joga com três ou quatro equipas. É verdade que há Clubes em Portugal que são faróis e devem tratar das suas vidas, mas fora das quatro linhas perceberam que têm de se alinhar naqueles que são os desígnios principais.”
“Para tal, existe aquilo que eu chamo de elementos-chave para o futuro, como alavanca para o futuro. Temos de perceber, por exemplo, que há uma pirâmide do Futebol Profissional e, no dia em que enfraquecermos o topo da pirâmide, o efeito redistributivo do valor que geram vai afetar toda a pirâmide. Por isso, não podemos ter equipas que não são competitivas à escala europeia, assim como não podemos ter equipas que desvalorizam o produto audiovisual, por exemplo. É preciso todos estarem alinhados neste sentido para agregar valor”, apontou.