Presidente do FC Famalicão esteve no TFS Stage e mostrou confiança no processo de centralização dos direitos audiovisuais, assim como no crescimento sustentado da Liga Portugal
O Presidente do FC Famalicão, Miguel Ribeiro, subiu ao palco do TFS Stage do Thinking Football Summit, na tarde desta sexta-feira, onde abordou, entre outros temas, o processo de centralização dos direitos audiovisuais da Liga Portugal.
“É um desafio que o FC Famalicão não controla. Está plasmado na lei. Temos em 2026 que é uma data importante e em 2028 que será o deadline. O que sabemos é que este caminho será feito por pessoas competentes, um pouco na senda do que foi feito por outros exemplos. O FC Famalicão vive numa comunidade, que é a Liga Portugal. Todos nós vamos crescer à medida que o grupo cresce. O que acho é que os clubes, grandes ou os da sua escala, devem pautar-se por um princípio de equidade. Sinto que isso está a acontecer. Mas equidade é estabelecermos equilíbrios entre situações, clubes e desafios diferentes que no final se transformam num rácio igual. E acredito, que com a tranquilidade das organizações que nos dirigem, com a posição da Liga Portugal, que a própria FPF será um parceiro importante e que o bom senso e a sensibilidade dos presidentes que hoje orientam os clubes em Portugal consigamos atingir um bom ponto. Até porque nós não vamos descobrir a roda. Nós vamos fazer o que Espanha, Itália, França, Alemanha e Inglaterra já fizeram. É natural que vamos ter o equilíbrio, a ponderação e a competência para olhar para esses modelos, replicar o que for replicável na nossa Liga, perceber que há coisa que são absolutamente possíveis de serem replicadas e outras que são impossíveis… Desde logo pela dimensão do país e da população”, afirmou, numa conversa moderada por Rui Orlando.
O responsável máximo da SAD famalicense afirmou, ainda, que é necessário continuar o caminho de agregação no Futebol Profissional, assente na competência dos dirigentes. “O futebol português é uma bandeira fortíssima, sem paralelo, talvez, do que é Portugal no Mundo. Pelos jogadores que temos lá fora, com Cristiano Ronaldo à cabeça, pelos treinadores, pelos dirigentes e pela marca Portugal. O nosso desafio é continuar a construir uma Liga agregadora, vocacionada para o talento, e que percebam que o jogador português sai à sexta-feira de Portugal e pode jogar ao domingo na Premier League. Porque sai preparado. É este talento e competência que temos no futebol português que nos vai levar, até na questão da centralização, a bom porto”, considerou.
Miguel Ribeiro apresentou, igualmente, o caso de sucesso do emblema que dirige: “Quando o FC Famalicão iniciou este rumo, em 2018, era muito claro que a ideia era fazer um Clube de primeira divisão, na segunda divisão. Mas dotar o FC Famalicão de uma primeira fase, onde construímos departamentos e uma visão e filosofia. Quando subimos de divisão definimos, de forma muito clara, a nossa visão e filosofia, que assentava no jogo e no jogador. O nosso modelo visou sempre a sustentabilidade. Numa primeira fase vamos tirar do investimento, que nos permitiu criar a base, em que pudéssemos ser sustentáveis em cima desta visão. E nós somos sustentáveis nos jogadores. O FC Famalicão está num patamar, nas duas últimas épocas, em que as transferências de jogadores ultrapassaram os 20 milhões de euros”, revelou.